ABC Slide Rule Hardi: Uma ferramenta essencial para aplicação precisa de herbicidas

ABC Slide Rule Hardi: Uma ferramenta essencial para aplicação precisa de herbicidas

Em zonas rurais, o controlo de infestantes é uma realidade comum, nomeadamente em propriedades de diversas dimensões. Para alcançar uma elevada eficácia na aplicação de herbicidas, é fundamental determinar as quantidades corretas de produto fitofarmacêutico a aplicar. É neste contexto que surge o ABC Slide Rule, uma ferramenta da Hardi, líder em equipamentos para aplicação de produtos fitofarmacêuticos. Esta ferramenta pode auxiliar agricultores na aplicação precisa e eficiente e herbicidas em pulverizadores de dorso, promovendo uma agricultura mais sustentável, segura e otimizada no uso de produtos fitofarmacêuticos.

Conhecer a ABC Slide Rule

A ABC Slide Rule funciona de forma intuitiva e prática, tornando-a acessível a todos os utilizadores, independentemente da experiência. Para determinar a quantidade ideal de herbicida a ser utilizada, basta seguir alguns passos simples:

1. Identifique o Volume de Calda: determine o volume de calda a aplicar numa área conhecida. Para esse efeito recorra ao seu pulverizador de dorso e realize o ensaio em branco (ver em baixo).

2. Identifique a Dose do Herbicida: consulte as instruções, que estão escritas no rótulo do produto fitofarmacêutico, para determinar a dose recomendada.

3. Identifique o Volume do Depósito do Pulverizador: determine o volume total do depósito do pulverizador de dorso.

4. Ajuste a régua (ABC Slide Rule): posicione a régua deslizante conforme os valores do Volume de Calda, Dose do Herbicida.

5. Leia o Resultado: a régua irá indicar a quantidade de herbicida a ser misturada no depósito do seu pulverizador. Esse é o valor alinhado com o volume do depósito do seu pulverizador.

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Exemplo do Ensaio em Branco

Benefícios que fazem a diferença

A utilização da ABC Slide Rule oferece diversos benefícios para agricultores e produtores rurais, como:

  • Aplicação precisa de herbicidas: evita desperdícios e otimiza o uso dos recursos, promovendo a sustentabilidade.
  • Redução de riscos para a saúde e o meio ambiente: diminui o risco de contaminação do solo, da água e da saúde humana.
  • Controlo de infestantes eficiente: garante a eficácia do tratamento, controlando as infestantes de forma eficaz e minimizando a necessidade de novas aplicações.
  • Simplificação do processo de aplicação: facilita o processo de dosagem e mistura do herbicida, com economia do tempo e esforço.
  • Acessibilidade e praticidade: ferramenta leve, compacta e fácil de transportar, que pode ser utilizada em qualquer lugar.

Vídeos demonstrativos da utilização da ABC Slide Rule

Para melhor conhecer o funcionamento e aplicação da ferramenta ABC Slide Rule, recomendamos visualizar os seguintes vídeo do YouTube.

Pode também consultar mais informações no site da Hardi International, aqui.

Conclusão

A ABC Slide Rule destaca-se como uma ferramenta essencial para a aplicação precisa e eficiente de herbicidas em pulverizadores de dorso. A sua utilização contribui para a agricultura sustentável, a redução de riscos com a saúde e com o meio ambiente, e promove a otimização dos recursos.

Lembre-se:

  • A ABC Slide Rule é apenas uma ferramenta auxiliar e não substitui a consulta de profissionais especializados.
  • Siga sempre as instruções do fabricante do pesticida e as boas práticas agrícolas para garantir a segurança e a eficácia do controlo de infestantes.
  • Utilize equipamentos de proteção individual (EPI) adequados durante todo o processo de aplicação de pesticidas.

A ferramenta é de utilização grauita, mas sempre que a mencionar utilize a sua fonte, que pode encontrar em baixo.

Fonte:

ABC Slide Rule Hardi – Sprayer Technique. 2020. Disponível em: <https://hardi-international.com/service-support/training-advice/sprayingtechniques>. Acesso em: 01-05-2020.

Tree-Row Volume: Um método para determinar a quantidade de calda a ser aplicada em pomares

Tree-Row Volume: Um método para determinar a quantidade de calda a ser aplicada em pomares

Na agricultura moderna, a utilização de pesticidas é essencial para o controlo de pragas, doenças e infestantes. No entanto, a aplicação inadequada destes produtos pode acarretar diversos riscos à saúde humana, ao meio ambiente e à qualidade dos alimentos.

O Tree-Row Volume (TRV) surge como um método preciso e eficaz para determinar a quantidade ideal de calda a ser aplicada em pomares, otimizando o uso de produtos fitofarmacêuticos e minimizando os impactos negativos da aplicação.

O conceito Tree-Row Volume (TRV) é um método de expressão de dose, comum em culturas tridimensionais, em especial, pomares. O método TRV tem por fim determinar o volume de calda adequado ao ‘volume de copa a tratar’, quando as caraterísticas do pomar podem variar, como o sistema de condução (altura e largura da copa) e a distância entrelinha.

Cálculo do TRV

A fórmula para calcular o TRV, é a seguinte:

onde,

TRV, corresponde a Tree-Row Volume, o volume de copa tratada que vem expressa nas unidades L/ha;

h, corresponde à altura da copa do pomar a tratar e a unidade é definida em metros;

L, corresponde à largura da copa do pomar a tratar e a unidade é definida em metros;

d, corresponde à distância entrelinha do pomar a tratar e, a unidade é definida em metros;

k, corresponde ao volume unitário líquido pulverizado num m3, que se presume produzir uma cobertura biologicamente eficaz no alvo (volume de folha da copa).

O valor unitário líquido pulverizado num m3 (k) deve ser determinado de acordo com as caraterísticas dos pomares.

De acordo com (Doruchowski et al., 2012) determinou o valor de k, ‘0,033 l/m3‘, para pomares da Polónia através de ensaios realizados com diferentes métodos de aplicação.

Já Sousa, M. e Soares, J. (2004, p. 112) além de sublinhar “as recomendações Europeias estimadas com base no TRV, têm sido reportados com coberturas da ordem dos 20 a 60 litros de calda por 1000 m3 de copa,”, também demonstraram os resultados do estudo desenvolvido na região Oeste para várias volumetrias de copa de pomares.

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Exemplo de cálculo

Considere um pomar com as seguintes caraterísticas:

  • Altura de copa (h): 2 metros
  • Largura de copa (L): 3 metros
  • Espaçamento entrelinha (d): 4 metros
  • O valor de k (de acordo com Sousa, M. e Soares, J.): pode oscilar entre 0,020 e 0,060 l/m3, mas se aplicarmos o valor máximo.

Aplicando a fórmula do TRV, obtemos o volume de calda de 900 L/ha para o valor máximo de k, como indicado no ponto anterior.

Vantagens e limitações do uso do TRV

O uso do TRV oferece diversas vantagens, como:

  • Maior precisão na aplicação de calda: O TRV permite determinar a quantidade ideal de calda para cada pomar, otimizando o uso de produtos fitofarmacêuticos e reduzindo o risco de deriva e contaminação ambiental.
  • Melhor cobertua da copa das árvores: Recorrendo aos valores de ‘k’ determinados nos estudos referidos, pode promover uma distribuição uniforme da calda na copa da cultura.
  • Redução de custos: A otimização do calda utilizada contribui para a redução dos custos com os produtos fitofarmacêuticos.
  • Menor impacto ambiental: A aplicação precisa de calda diminui o risco de contaminação do solo e da água, além de reduzir a quantidade de resíduos no meio ambiente.

No entanto, lembre-se que o TRV serve apenas como um guia, e que, à medida que a densidade das árvores aumenta (com o crescimento de rebentos e folhas), pode ser necessário ajustar o volume de água e de pesticidas para obter uma cobertura adequada. O aumento da pressão das pragas e a experiência anterior também podem influenciar a quantidade real de pesticida aplicado.

O TRV foi concebido para garantir que não se aplica pesticidas acima do que é necessário e para obter um controlo aceitável das pragas.

Conclusão

O Tree-Row Volume é uma ferramenta valiosa para otimizar a aplicação de calda em pomares, contribuindo para a eficiência dos tratamentos fitofarmacêuticos, a redução de custos e a minimização dos impactos ambientais.

Calculadora Tree Row Volume (TRV)

Calculadora Tree Row Volume (TRV)

De acordo com (Doruchowski et al., 2012) determinou o valor de k, '0,033 l/m³', para pomares da Polónia através de ensaios realizados com diferentes métodos de aplicação.
Já Sousa, M. e Soares, J. (2004, p. 112) reporta que as coberturas devem oscilar entre 0,020 l/m³ e 0,060 l/m³.

Resultado: --

Guia prático para determinar o volume de calda numa pulverização

Guia prático para determinar o volume de calda numa pulverização

A determinação do volume de calda é uma etapa crucial na aplicação de produtos fitofarmacêuticos, pois influencia diretamente a eficácia do tratamento e a distribuição uniforme dos produtos sobre as plantas. Para garantir resultados eficazes e evitar sub ou sobredosagens, é essencial calcular o volume de calda de forma precisa, levando em consideração diversos parâmetros.

Neste guia, vamos explorar os principais passos e considerações para determinar o volume de calda com precisão, além de fornecer exemplos práticos e uma análise sobre o tema.

Considerações importantes na determinação do volume de calda

O ajuste do volume de calda em tratamentos fitofarmacêuticos deve corresponder à dimensão do volume de copa (folha/fruto) alvo do tratamento. Culturas mais desenvolvidas exigem volumes de calda maiores, para garantir que toda a área apresente uma deposição de pesticida uniforme, enquanto que culturas com menor desenvolvimento vegetativo requerem volumes de calda menores para evitar possíveis perdas por deriva ou escorrimento.

As culturas que apresentam maiores desenvolvimentos vegetativos, implicam volumes adequados de calda para garantir que a deposição de pesticida seja suficiente. Volumes insuficientes podem resultar em aplicações irregulares, prejudicando áreas da copa de difícil acesso, levando à redução da eficácia do produto fitofarmacêutico.

Além disso, o equipamento utilizado desempenha um papel fundamental. O ventilador, quando presente, deve ser ajustado cuidadosamente para evitar o excesso de volume ou velocidade de ar, que transportam a calda para zonas longe do alvo a tratar. O objetivo é assegurar que a cobertura uniforme em todas as partes da folha e fruto, apresentem uma cobertura uniforme de gotas, para maximizar a eficácia do produto fitofarmacêutico aplicado.

Para calcular o volume de calda de forma precisa, é necessário considerar os seguintes parâmetros:

  • Débito do Pulverizador (D): o débito do pulverizador representa a quantidade de calda que o equipamento é capaz de emitir por unidade de tempo, geralmente expresso em litros por minuto (L/min). Esse valor é fundamental para determinar a quantidade de produto fitofarmacêutico a ser aplicado numa determinada área.
  • Velocidade de Avanço (v): a velocidade de avanço do pulverizador, medida em quilómetros por hora (km/h), influencia diretamente o tempo de aplicação e a distribuição do produto sobre a planta. É importante manter uma velocidade constante durante o processo de pulverização para garantir resultados uniformes.
  • Largura de Trabalho (L): a largura de trabalho do pulverizador corresponde à largura da barra horizontal do pulverizador. Em culturas baixas, esta medida é essencial para cálcular a área coberta pelo pulverizador em cada passagem.
  • Distância Entrelinhas (d): em culturas tridimensionais, como a vinha ou pomares, a distância entrelinha representa o espaçamento entre as plantas na cultura. Esse valor é importante para determinar a quantidade de produto necessária para cobrir toda a área da cultura.

 

Onde:

D, corresponde ao débito do pulverizador (L/min);

v, corresponde à velocidade de avanço (km/h);

L, corresponde à largura de trabalho (metros), em culturas baixas;

d, corresponde à distância entrelinha (metros), em culturas tridimensionais.

Ao utilizar estas fórmulas, é possível determinar o volume de calda necessário para a aplicação, e garantir a eficácia e segurança do tratamento com o pesticida.

Exemplo prático para culturas baixas (cereais)

Suponhamos que estamos a aplicar um herbicida para preparar uma parcela para a sementeira de trigo. O débito do pulverizador é de 14 L/mibn, a velocidade de avanço é de 6 km/h e a largura de trabalho do pulverizador é de 15 metros. Substituindo os valores na fórmula, verificamos que estamos a aplicar um volume de calda de 93,33 L/ha.

Exemplo prático para culturas tridimensionais (pomares e vinhas)

Agora, vamos considerar a aplicação de fungicida num pomar de maçã. Se o débito do pulverizadord é de 32 L/min, a velocidade de avanço é 5,6 km/h e a distância entrelinha do pomar (obtido do compasso de plantação da vinha) é 4 metros. Substituindo os valores na fórmula, verificamos que estamos então a aplicar um volume de calda de 857,14 L/ha.

Conclusão

A determinação precisa do volume de calda é fundamental para garantir a eficácia da aplicação de produtos fitofarmacêuticos na agricultura. Ao seguir os passos e utilizar as fórmulas corretas, os agricultores podem maximizar os resultados dos tratamentos, e reduzir os custos além de proteger as culturas de forma mais eficiente.

Calculadora de Volume de Calda

Calculadora de Volume de Calda

Resultado: - L/ha

Guia prático para determinar o bico adequado para uma pulverização

Guia prático para determinar o bico adequado para uma pulverização

A eficácia na aplicação de produtos fitofarmacêuticos é um fator crucial para determinar o sucesso das operações agrícolas. Dada a sua importância, é fundamental conhecer cada detalhe, a fim de garantir que a aplicação seja feita de uma forma otimizada. Um dos elementos-chave para garantir essa eficácia é a determinação do débito do bico de pulverização, um aspecto muitas vezes negligenciado, mas que tem um impacto significativo sobre a eficácia geral do processo.

Neste guia, vamos explorar a importância deste processo em profundidade, discutir o seu papel e importância dentro do contexto mais aimplo das operações agrícolas. Além disso, vamos oferecer orientações práticas sobre como realizar esse procedimento de maneira eficaz, com dicas valiosas que foram comprovadas ao longo do tempo e através da experiência prática. O nosso objetivo é equipar os profissionais da área agrícola com o conhecimento necessário para realizar as suas operações de maneira eficaz e eficiente, maximizando a eficácia dos produtos fitofarmacêuticos utilizados.

A importância do débito do bico

Estabelecer o débito do bico é crucial para assegurar uma aplicação eficaz dos produtos fitofarmacêuticos. Para alcançar este objetivo, é imprescindível considerar diversos parâmetros tais como a velocidade de avanço, largura de trabalho ou distância entrelinhas, a cultura, forma da copa e o momento do desenvolvimento vegetativo, o equipamento disponível, o produto fitofarmacêutico a ser utilizado e as condições climatéricas.

Ao conhecer as condições de aplicação do produto fitofaramcêutico, conseguimos obter o volume de calda recomendado. Com base neste volume, e recorrendo à fórmula em baixo, podemos calcular o débito do bico de pulverização. Para esse efeito, devemos utilizar os valores de velocidade de avanço, largura de trabalho ou distância entrelinhas, que podemos obter das caraterísticas da cultura, do pulverizador ou da velocidade regularmente utilizada para tratamentos.

É importante salientar que o volume de calda não deve ser modificado pela velocidade de avanço ou pela pressão de trabalho, pois estas configurações pode afetar as características das gotas e prejudicar a deposição adequada do produto fitofarmacêutico no alvo, aumentando o risco de deriva.

É essencial garantir uma distribuição uniforme de gotas em toda a superfície do alvo (folhas e ou frutos expostos e não expostos à pulverização), especialmente para produtos fitofarmacêuticos com modo de ação por contacto. Por isso, é recomendável que o agricultor tenha para volumes de calda demasiado diferentes, conjuntos de bicos diferentes e valide que a deposição da calda no alvo é a pretendida através de ensaios com recurso aos papéis hidrossensíveis.

Manter esta abordagem em mente ao estabelecer o débito do bico não só aumenta a eficácia dos produtos fitofarmacêuticos aplicados, mas também contribui para melhores resultados no final da campanha.

Processo de determinação do débito do bico

Para calcular o débito do bico de maneira precisa, devemos utilizar uma das seguintes fórmulas. A fórmula da esquerda é a que devemos utilizar para culturas baixas e recorremos a pulverizadores equipados com barras horizontais. A fórmula da direita é a que devemos utilizar para culturas tridimensionais, como pomares e vinhas.

Onde:

C, corresponde ao volume de calda (L/ha), que pretende aplicar, num determinado tratamento;

v, corresponde à velocidade de avanço (km/h), que utiliza naquela parcela e cultura onde irá realizar o tratamento;

L, corresponde à distância entre bicos (metros), da barra horizontal do seu pulverizador, ou;

d, corresponde à distância entrelinha (metros), da cultura onde irá realizar o tratamento.

Escolha do bico adequado

Após determinar o débito do bico, é necessário selecionar o modelo apropriado. É importante considerar que os bicos que produzem gotas maiores são menos afetados pela deriva. Além disso, é recomendável dar preferência aos bicos que seguem as normas estabelecidas pela norma ISO 10625. Esta norma garante um padrão no débito associado a cada cor de bico, e a cada cor está associado um código, facilitando a escolha e evitando confusões.

Exemplo prático de barras horizontais

Vamos supor que está a preparar uma parcela para uma sementeira de trigo. Para garantir uma aplicação eficaz do herbicida que vai selecionar, é essencial determinar o débito do bico de pulverização. Para esse efeito, vamos utilizar os seguintes dados para calcular o débito do bico:

  • Volume de calda desejado: 100 L/ha
  • Velocidade de avanço: 7 km/h
  • Largura da barra: 21 metros
  • Número total de bicos da barra horizontal: 42
  • Distância entre bicos: 0,5 metros (ou 50 cm).
  1. Primeiro, calculamos o débito do pulverizador utilizando a fórmula fornecida em cima.
  2. Substituindo os valores, vamos obter o débito que necessitamos para realizar este tratamento, que para o efeito é de 0,58 L/min.
  3. A seleção do bico adequado: Com o débito do bico calculado, consultamos as tabelas de débito dos fabricantes de bicos para selecionar o bico apropriado. É importante escolher um bico que produza gotas mais grossas para reduzir a deriva do herbicida. Opte por uma cor de bico e pressão que forneça um débito próximo do valor calculado, garantindo uma aplicação precisa e eficaz do herbicida.

Exemplo prático de culturas tridimensionais

Vamos supor que irá realizar um tratamento na sua vinha com um fungicida. Para esse efeito, necessitamos dos seguintes dados para calcular o débito do bico:

  • Volume de calda desejado: 300 L/ha
  • Velocidade de avanço: 6 km/h
  • Número total de bicos ativos: 6 (3 bicos de cada lado)
  • Distância entrelinha: 3 metros.
  1. Primeiro, calculamos o débito do pulverizador utilizando a fórmula fornecida em cima.
  2. Substituindo os valores, vamos obter o débito do pulverizador que é 9 L/min. Depois necessitamos de dividir esse valor pelo número total de bicos ativos do pulverizador (bicos que irão emitir calda).
  3. Considerando que pretendemos ter 3 bicos por cada lado (por ser suficiente para tratar toda a copa da vinha). E também por pretendermos ter o mesmo débito para todos os bicos.
  4. Vamos dividir o débito do pulverizador, pelo número de bicos ativos, que nos irá dar 1,5 L/min.
  5. A seleção do bico adequado: Com o débito do bico calculado, consultamos as tabelas de débito dos fabricantes de bicos para selecionar o bico apropriado. Vamos selecionar pressões inferiores a 15 bar, para evitar deriva. Opte por uma cor de bico e pressão que forneça um débito próximo do valor calculado, garantindo uma aplicação precisa e eficaz do fungicida.

Conclusão

Ao determinar o débito do bico de forma precisa, os agricultores e técnicos agrícolas maximizam a eficácia da aplicação de produtos fitofarmacêuticos. Isto irá permitir resultados superiores nas atividades agrícolas, garantindo uma proteção eficaz das culturas e optimizando o uso de fatores de produção.

Em resumo, a escolha do bico adequado é um aspeto fundamental da aplicação de produtos fitofarmacêuticos. Ao seguir os passos descritos neste guia e recorrendo a ferramentas disponíveis, os profissionais da área agrícola podem garantir uma aplicação precisa e eficaz, contribuindo para o sucesso das operações agrícolas e a sustentabilidade do setor.

A importância do cálculo da velocidade de avanço na pulverização

A importância do cálculo da velocidade de avanço na pulverização

Na agricultura moderna, o uso preciso de produtos fitofarmacêuticos é vital para proteger as culturas e otimizar os recursos. Isso requer precisão e conhecimento técnico, principalmente no cálculo da velocidade de avanço durante a pulverização.

O uso correto da velocidade de avanço permite uma aplicação mais eficaz dos produtos fitofarmacêuticos, evitando o uso excessivo ou o insuficiente, que pode causar danos às culturas ou gastos desnecessários.

Neste artigo, vamos explorar a importância deste cálculo, daremos uma visão detalhada de como realizá-lo e orientações práticas para uma aplicação eficaz. Com conhecimento e prática, os agricultores podem otimizar recursos, proteger as culturas e maximizar a produtividade e rentabilidade.

Validar a velocidade de avanço

Embora muitos tratores modernos possuam velocímetros integrados e outros equipamentos eletrónicos para monitorizar a velocidade, é essencial validar este parâmetro antes de iniciar a operação da pulverização. Fatores como o terreno irregular, a inclinação do solo e a pressão dos pneus podem afetar a velocidade real do trator durante a operação, tornando crucial a verificação manual deste parâmetro.

Além disso, é importante lembrar que até os equipamentos eletrónicos podem falhar ou ter configurações incorretas, resultando em leituras imprecisas da velocidade. Portanto, a validação manual desta medida é recomendada para garantir a precisão de todos os equipamentos no trator ou pulverizador.

Qualquer erro na determinação da velocidade de avanço do trator pode afetar a precisão desse valor e os cálculos subsequentes do volume de calda e da dose do produto fitofarmacêutico. Isso pode comprometer a eficácia da aplicação do pesticida, ameaçando a proteção da cultura e a sua produção.

CEO, DATERRA

Exemplo Prático

Suponhamos que iria realizar uma pulverização para a cultura do milho. Após medir a distância que irá percorrer (por exemplo, 100 metros), poderia determinar o tempo necessário para percorrer essa distância. Digamos que o tempo seria 52 segundos, nas condições reais de trabalho.

Usando a fórmula e substituindo os valores, pode calcular a velocidade de avanço como sendo 6,92 km/h.

A velocidade e a eficiência dos tratamentos

É importante ter em consideração o impacto que a velocidade tem na eficácia dos tratamentos com pesticidas. Alterações na velocidade podem comprometer a capacidade da calda entrar na copa das plantas, reduzindo a eficácia, especialmente em culturas densas.

Por outro lado, uma velocidade muito baixa pode prolongar a janela de oportunidade para a realização dos tratamentos, tornando difícil a realização de todas as aplicações necessárias, no momento oportuno. As velocidades mais elevadas, combinadas com ventos fortes podem aumentar a deriva, diminuindo drasticamente a deposição da calda nas plantas.

Conclusão

Em suma, a importância de calcular com precisão a velocidade de avanço durante a pulverização não pode ser subestimada, pois desempenha um papel crucial na garantia de uma aplicação eficaz dos produtos fitofarmacêuticos. Esta prática é vital não apenas para a saúde das culturas, mas também para a eficiência global das aplicações de pesticidas. Ao evitar erros nos cálculos e confirmar a velocidade real do trator antes de iniciar a operação, os agricultores têm a capacidade de proteger as suas culturas de forma mais eficiente, maximizando o sucesso e a produtividade das suas operações agrícolas.

Além disso, a validação manual da velocidade de avanço é altamente recomendada, mesmo em tratores equipados com dispositivos eletrónicos de controlo. Esta etapa adicional garante que a precisão dos cálculos não é comprometida e que a correta aplicação dos produtos fitofarmacêuticos é realizada. Ao seguir estas práticas, os agricultores podem ter confiança nas suas tarefas de pulverização e garantir a saúde e o vigor das suas culturas.

A ferramenta é gratuita. No entanto, ao mencioná-la, cite a fonte que está disponível em baixo.

Fonte: Nunes, P. (2022). A importância do cálculo da velocidade de avanço na pulverização. Disponível em: <https://daterra.com.pt/….html>. Acesso em: [colocar a data do seu acesso].

Calculadora Velocidade de Avanço

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